domingo, 18 de janeiro de 2015

Porque as palavras de um Génio dizem-nos sempre tanto

O silencio que sai do som da chuva espalha-se, num crescendo de monotonia cinzenta, pela rua estreita que fito. Estou dormindo desperto, de pé contra a vidraça a que me encosto como a tudo. Procuro em mim que sensações são as que tenho perante este cair esfiado de água sombriamente luminosa que destaca das fachadas sujas e ainda mais das janelas abertas.
E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou.

Fernando Pessoa

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