~ Há crianças e jovens que passam fome;
~ Há crianças e jovens que vivem em ambientes de violência física e psicológica;
~ Há crianças e jovens que são vitimas de violência dentro das nossas escolas;
~ Há crianças e jovens que se auto-mutilam com X-atos e outros objetos;
~ Há crianças e jovens "betinhos" que têm graves crises de ansiedade antes dos testes, porque lhes incutiram que têm de ser os melhores dos melhores. Neste grupo de jovens o espirito de competição entre pares é altíssimo.
~ Há crianças e jovens com deficiências severas e as escolas têm de criar currículos alternativos. A teoria da inclusão é muito bonita, mas na realidade não os prepara para a vida. Do que é que adianta estas crianças aprenderem inglês, se nós sabemos que o máximo que conseguiram é decorarem algumas palavras, talvez o mais importante seria aprenderem a serem autónomos, vestirem-se e a fazerem a sua higiene sozinhos. E estes pais! Quem apoia estes pais que por vezes chegam à consulta a chorar porque um professor lhe disse que o seu filho nunca conseguiria tirar a carta de condução. Quem prepara estes pais para a dura realidade de ter um filho diferente, é que quando os meninos são pequenos é tudo muito giro são apenas "imaturos", mas à medida que vão crescendo percebemos que se trata de um défice cognitivo e depois vem a vergonha, a revolta. Quem ajuda estes pais!
mas ainda há mais
~ Há os jovens delinquentes que vão com navalhas para a escola, que escondem droga nas redondezas, que assaltam, que desrespeitam funcionários, professores e direção.
~ Há jovens que passam de ano, sem pegar num livro.
~ Há assistentes sociais acompanhados de policias e munidos de documentos escritos por um meritíssimo juiz que interrompem aulas para levar meninos para instituições. E nós com o nó na garganta nada podemos fazer! Tentamos acalmar o menino e depois acalmar a mãe, que entretanto foi avisada por alguém e depois entra na escola louca, pronta a rebentar com tudo e com todos.
Este é apenas um pequeno exemplo do que se passa nas nossas escolas e acreditem a maioria delas são assim, porque o problema não está na escola, mas no ministério e nos programas irreais que nos obrigam em implementar em todas as escolas. Como se as escolas fossem todas iguais!
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