Faleceu hoje Herberto Helder, infelizmente foi através da sua morte que conheci a sua obra. Senti-me tão inculta, como é que da extensa lista de poetas portugueses que tenho, em nenhuma delas conste Herberto.
Provavelmente ainda não tenho maturidade intelectual suficiente para conseguir dissecar os seus poemas e sorver deles toda a sua sabedoria.
Mas este que vos deixo, é simples e forte como gosto:
Um poema cresce inseguramente
Na confusão da carne
Sobe ainda sem palavras
Só ferocidade e gosto,
Talvez como sangue ou sombra de sangue
pelos canais do ser.
Sem comentários:
Enviar um comentário