Ela era bela, divorciada, escandinava, culta.
Chegara a Lisboa em princípios dos anos 60 e Portugal era para ela o país mais arcaico da europa.
Ele era português, casado, politico, primeiro ministro.
Apaixonaram-se e amaram-se intensamente, contrariando códigos políticos e sociais.
Morreram ambos, abraçados, na explosão de uma avioneta em viagem para o Porto.
Porque foste na vida
A última esperança
Encontrar-te me fez criança
Porque já eras meu
Sem eu saber sequer
Porque és o meu homem
E eu tua mulher.
Porque tu me chegaste
Sem me dizer que vinhas
E tuas mãos foram minhas com calma
Porque foste em minh'alma
Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser.
(Poema de Vinícius de Morais encontrado manuscrito, em papel de pétala de rosas, num bolsinho interior da mala chamuscada de S. pela Policia de Investigação Criminal, após a queda da avioneta em que viajava para o Porto)
Sem comentários:
Enviar um comentário